Ensino em contexto naturalístico para crianças com autismo: benefícios e estratégias práticas

Ensino em contexto naturalístico para crianças com autismo: benefícios e estratégias práticas

Ensino em contexto naturalístico para crianças com autismo: benefícios e estratégias práticas

Fugindo da imagem de terapia tradicional, o ensino em contexto naturalístico se torna uma estratégia muito eficiente para o tratamento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). 

Mas essa abordagem, amplamente reconhecida e utilizada na terapia baseada em Análise do Comportamento Aplicada (ABA), ainda causa dúvidas. Muitos terapeutas ainda não conhecem as vantagens para o aprendiz e quais estratégias práticas são mais eficazes para aplicá-la.

Neste conteúdo, vamos explorar os benefícios do ensino em contexto naturalístico e apresentar as estratégias práticas para implementá-lo. Continue lendo!

Benefícios do ensino naturalístico para crianças com autismo

1 – Generalização de habilidades

Ao ensinar em situações reais e relevantes do cotidiano da criança, o ensino em contexto naturalístico contribui para a generalização de habilidades aprendidas. Isso significa que as crianças são mais propensas a usar essas habilidades em diferentes ambientes e situações, o que é essencial para sua autonomia e independência.

2 – Aprendizado significativo

Ao aprender em contexto naturalístico, as crianças têm a oportunidade de extrair o conhecimento de forma mais significativa e real. Elas podem experimentar as habilidades em ação, compreendendo sua utilidade e relevância para suas vidas diárias.

3 – Promoção de interações sociais

O ensino em contexto naturalístico cria oportunidades para a criança interagir com outras pessoas, como terapeutas, familiares e colegas. Essas interações sociais são fundamentais para o desenvolvimento de habilidades sociais e de comunicação.

4 – Engajamento e motivação

Ao ensinar em situações do dia a dia da criança, o ensino em contexto naturalístico pode aumentar o engajamento já que a motivação em muitas situações partem da própria criança, assim estão mais propensas a se envolver ativamente nas atividades, tornando o aprendizado mais efetivo e prazeroso.

Estratégias práticas para implementar o ensino em contexto naturalístico

1 – Incorporar o ensino aos ambientes naturais

Identifique as situações cotidianas em que as habilidades podem ser ensinadas e incorpore-as ao ambiente natural da criança. Por exemplo, habilidades de comunicação podem ser trabalhadas durante as refeições ou em atividades de brincadeira.

2 – Demonstrar habilidades

Uma estratégia para desenvolver as habilidades desejadas é por meio de modelagem, quer dizer, realizar gestos ou vocalizações. As crianças com autismo tendem a se beneficiar da visualização e imitação de comportamentos.

3 – Reforço natural

Utilize reforços naturais, como elogios, sorrisos ou acesso a atividades preferidas, para reforçar o comportamento desejado. Isso torna o aprendizado mais significativo e incentiva a repetição da habilidade.

4 – Flexibilidade e espontaneidade

Aproveite as oportunidades que surgem durante as atividades do dia a dia para ensinar habilidades. É importante estar preparado para adaptar seu plano de ensino de acordo com as necessidades e interesses da criança.

5 – Colaboração

É essencial também que todas as influências da criança (terapeutas, familiares e educadores) trabalhem em estreita colaboração. O compartilhamento de informações e estratégias fortalece o processo de ensino e maximiza os resultados, além de tornar a experiência melhor para a criança.

Hora de aplicar o contexto naturalístico

Agora que você conhece vários benefícios do ensino em contexto naturalístico para crianças com autismo e estratégias para aplicar essa abordagem, é importante buscar mais literatura, supervisões e colocar seu conhecimento em prática.

Afinal, cada criança com TEA é única e vai exigir diferentes habilidades do terapeuta e das intervenções baseadas em ABA.

Você gostou de aprender mais sobre ensino em contexto naturalístico? Leia também este artigo sobre caminhos para otimizar a rotina na terapia ABA e evitar acúmulo de funções.